Gabriel

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Moradora de Venceslau doa medula óssea no Hemocentro de Campinas

Ela vendia um celular quando seu próprio aparelho tocou e, ao escutar a mensagem do outro lado da linha, desabou em lágrimas. Os clientes perguntaram se alguém havia falecido e ela disse: “Muito pelo contrário, vou poder salvar uma vida”. Este foi o breve relato da moradora de Presidente Venceslau, Anelize Lopes Barbosa, 36 anos, ao descobrir que sua medula era 100% compatível com uma pessoa de 13 quilos. Para o Grupo Madu Medula, de Presidente Prudente, este é um exemplo que deve ser seguido.

Com o objetivo de promover o bem e ajudar o próximo, a vendedora se cadastrou em 2007 no Redome (Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea) e apenas em 2015 recebeu a ligação que mudaria parte de sua história: ela seria a doadora de medula óssea no Hemocentro de Campinas, onde efetuou o procedimento na última quinta-feira.
De acordo com Anelize, na época em que se cadastrou, ocorria uma campanha na região para uma criança em específico, no entanto, após os exames de sangue, a compatibilidade não foi confirmada. Após deste episódio, seu registro ficou arquivado e, 9 anos depois, um paciente foi identificado como compatível. “Desde o momento em que soube, não paro de me emocionar”, diz.

Mãe de três filhos, sendo o menor com seis anos de idade, Anelize explica que desconhece a identidade do receptor, entretanto, sabe que este pesa 13 quilos, o que significa que é uma criança. “Meu sonho foi concretizado. Vou ajudar uma vida”, emociona-se.

Como reflexão deste momento, a doadora relata que todos devem contribuir com o banco de dados do Redome. Segundo ela, o reconhecimento da equipe médica é imediato. “Quando fui para o transplante, os profissionais se dirigiram a mim como uma pérola preciosa”.

Anelize fica até o próximo domingo em observação médica. Após este período, garante que estará disponível para novos projetos sociais. “Vou continuar compartilhando o bem”, estima.



Madu Medula
Conforme o voluntário do grupo Madu Medula, Geraldo Maia Filho, 58 anos, o interesse da população é primordial para a quantidade de cadastros. Desta maneira, aqueles que tiverem intenção devem buscar o Hemonúcleo anexo à Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. Geraldo explica que o procedimento para a doação é “simples”, que muitas vezes ocorre como uma doação de sangue. “Muitos estão equivocados quanto ao método”, diz. Sobre a atitude da Anelize, Geraldo espera que “seja partilhada pelos moradores da região”.



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