Jovem de Presidente Epitácio sonha em ser tenista profissional, mas antes quer concluir a faculdade de finanças no exterior
Vivendo nos Estados Unidos há três anos e meio, o epitaciano
Pietro Jordão, 20 anos, ainda tem um sonho a ser realizado. Ser tenista
profissional é o objetivo do jovem, que aos 14 anos foi o primeiro colocado no
estado de São Paulo e terceiro no ranking brasileiro. Atualmente, ele mora em
Corpus Christi, no Texas, onde estuda finanças e joga pela Texas A&M
Universit.
Desde pequeno, Pietro descobriu o gosto pelo esporte. Aos
oito anos ele ganhou o seu primeiro torneio. Com o título de campeão regional
do Oeste Paulista, os pais e o técnico Reginaldo Garcia perceberam no jovem um
talento único e com isso os treinamentos foram intensificados.
“Os resultados começaram a aparecer e aos poucos fomos
colocando metas. Com o tempo aumentamos a carga horária de treinos, comecei com
30 minutos duas vezes por semana e logo passei a treinar todos os dias, de duas
a três horas”.
O jovem, que tem como ídolos o brasileiro Gustavo Kuerten e
o suiço Roger Federer, conta que o tênis é um esporte com custos altos e por
não ter patrocínios, os pais custeavam todas as suas despesas.
“Lembro que meus pais se sacrificavam para pagar meus
treinos e minhas viagens. Nunca tive ajuda de custo de ninguém, o que tornavam
as coisas mais difíceis. Eles (os pais) faziam o possível e o impossível para
que eu cumprisse minhas agendas e rotinas. Morar no interior também contribuiu
para essa dificuldade – diz.
Por conta das disputas em todo o estado, Pietro morou em
Ribeirão Preto durante um ano, período em que conquistou a sua melhor colocação
no ranking brasileiro. O atleta também conta como foi morar na capital paulista
por três anos e como surgiu a chance de morar, estudar e competir nos Estados
Unidos.
“Eu competia sempre, viajava, e isso começou a afetar o meu
desempenho escolar, foi então que decidimos que não era mais interessante morar
no interior. Então me mudei para São Paulo e passei a morar com meu irmão. Foi
jogando um torneio internacional que conheci um treinador português, que
ensinava em uma universidade nos EUA. Ele me contou quais eram as vantagens de
jogar tênis universitário, algo que me chamou a atenção, e daí a decisão de
mudar de país. Fiz o teste e passei”, explica Jordão.
Dono de inúmeros títulos regionais, estaduais e até mesmo em
nível nacional, Pietro não tem dúvidas de que mudar para os Estados Unidos foi
a melhor escolha. Além de jogar e competir em alto nível, o jovem ainda estuda
e já até faz planos para o futuro.
“Tenho mais um ano para concluir minha faculdade. Depois
penso em jogar tênis profissional por um tempo e ver o que acontece. Se os
resultados aparecerem, penso em seguir adiante e disputar pra valer. Mas se por
acaso não der certo, tenho um plano B que é trabalhar com finanças, inclusive
já tenho até uma boa proposta de trabalho por aqui”.
Pietro é filho de Dalva e Edson Jordão.
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