Gabriel

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Prefeito de Bataguassu e do MS planejam fechar BR para chamar atenção de Dilma

Prefeitos do interior de Mato Grosso do Sul estão pensando em tomar uma atitude mais radical para chamar atenção da presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT). Insatisfeitos com o repasse do Governo Federal para os municípios, os prefeitos pensam até em atitudes extremas, como fechar uma rodovia federal, para serem ouvidos.

A conversa, com tratativas para o protesto, aconteceu em evento na Governadoria. Sem o gravador ligado, eles falavam em fechar uma estrada em Campo Grande, citando como possibilidade a BR-163. Porém, com a reportagem gravando a entrevista, eles prometeram apenas um protesto que chame atenção.

O prefeito de Bataguassu, Pedro Arlei Caravina (PSDB), reclama que as prefeituras estão quebradas e sem recurso para fazer qualquer investimento. Segundo ele, tudo acontece por conta da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que reduziu drasticamente nos últimos meses.

“Estamos cancelando eventos de fim de ano por que não temos recurso. A reclamação é geral. O pior é que o problema nem foi discutido nos debates de candidatos a presidente. Não fizemos durante a campanha para não pensar que era eleitoreiro, mas vamos fazer uma manifestação”, declarou.

O prefeito está mais preocupado com a folha de pagamento, visto que depende do aumento do repasse para conseguir pagar 13º salário do servidor. “O prefeito que leva fama de incompetente quando não tem recurso”, reclamou.

O prefeito de Cassilândia, Carlos Augusto, foi um dos primeiros a concordar com a manifestação. Ele explicou que perdeu R$ 15 milhões de repasse com mudanças da lei de 2009 a 2014, o que tem prejudicado a administração. “Como voar se você não tem asa”, protestou.

Os prefeitos lembram que em Chapadão do Sul a tradicional exposição já foi cancelada e que o mesmo deve acontecer em outros municípios, inclusive em Bataguassu. O prefeito de Camapuã, Moyses Nery, já cancelou a festa de fim de ano para garantir pagamento dos servidores e o de Anaurilândia, Vagner Alves, também não fará rodeio. “É uma situação muito difícil”, concluiu.


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