Por Bianca Lima
Mesmo com as obras concluídas em 2014, o porto de Presidente
Epitácio permanece sem qualquer atividade, aguardando as definições quanto à reestruturação
e à implantação do transporte ferroviário na região de Presidente Prudente e os
problemas ainda sentidos pela crise hídrica, que acometeu o país no fim do ano
passado e que comprometeu o transporte hidroviário. O porto foi construído com
o intuito de receber e escoar a produção regional e de outros Estados, pelos
eixos Rio Tietê-Paraná, iniciativa abordada pelos representantes regionais,
membros de órgãos e empresariado, como viável e que proporcionará mais
desenvolvimento à região.
No entanto, o início das atividades “esbarra” em dois
óbices: a crise hídrica que se abateu sobre o país no fim do ano passado,
prejudicando o sistema hidroviário; e a já conhecida discussão em âmbito
regional quanto à volta do transporte ferroviário.
Anseio antigo
O desejo de ter “de volta” a instalação do transporte
ferroviário na região é antigo e inúmeras reuniões e encontros já foram
realizados neste sentido.
De acordo com o diretor regional do Ciesp/Fiesp (Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo/Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo), unidade de Prudente, Wadir Olivetti Júnior, a atividade é importante,
pois propicia um canal de recebimento e escoamento da produção regional,
reduzindo o custo do frete, proporcionando mais competitividade em âmbitos
nacional e internacional. Além disso, com um planejamento de médio e longo
prazos, a iniciativa ocasionará mais desenvolvimento da região.
Sobre o porto de Presidente Epitácio, o diretor esclarece
que as atividades permanecem interrompidas devido ao não funcionamento da
ferrovia e pela crise hídrica que, mesmo passando este tempo e com a chuva que
precipitou – e que aliviou um pouco a situação – alguns rios permanecem sem
condições de navegabilidade. Ele frisa que a navegação só é liberada quanto toda
malha estiver em condições para tanto.
Já o prefeito de Presidente Epitácio, Sidnei Caio da Silva
Junqueira (Picucha), lembra que 80% da demanda produzida na região poderia
passar por estes dois meios de transportes (ferrovia e hidrovia), ocasionando agilidade,
mais eficiência e preços mais interessantes, colaborando para o desenvolvimento
regional. Ele salienta que o porto está pronto e só espera uma solução –
quantos aos dois impasses – para que possa iniciar as atividades.
ALL
A Rumo ALL (América Latina Logística), concessionária que
administra a ferrovia regional, informa que realiza encontros periódicos com
empresas de toda a região, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a
prestação de serviços e o funcionamento do modal. Como noticiado por O
Imparcial, no dia 30 de junho, um representante da concessionária esteve em
Presidente Prudente para discutir a reestruturação do sistema ferroviário na
região oeste paulista e identificar empresas parceiras que estejam dispostas a
utilizar o transporte. No entanto, o impasse sobre a reforma da linha férrea na
região e o retorno do serviço, que segue há anos em debate, parece que
“excedeu” o limite de paciência do empresariado, políticos e membros de
associações, visto que, diferentemente de outros encontros, uma quantidade
pequena de pessoas compareceu ao evento. (Com informações Jornal O Imparcial)
Nenhum comentário:
Postar um comentário