Com a greve já decretada, os professores da rede estadual
paralisaram por tempo indeterminado as aulas a partir de quarta-feira (18).
Durante esta segunda (16) e terça-feira (17), o Sindicato dos Professores do
Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) programou reuniões e visitas às
escolas para explicar os motivos da mobilização e pedir apoio.
Ainda conforme a programação, na quarta-feira (18) foi
decretada "greve em todas as escolas, panfletagens, audiências públicas
nas Câmaras Municipais, divulgação da greve e das reivindicações". Na
quinta-feira (19) devem ser realizadas assembleias e no dia seguinte, 20,
assembleia geral, às 14h, no vão livre do Masp, em São Paulo.
Entre as reivindicações estão aumento de 75,33% para
equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior,
com jornada de 20 horas semanais; conversão do bônus em reajuste salarial,
aplicação da jornada do piso; imediato desmembramento das salas superlotadas;
aceleração do processo de aposentadoria; água para todos; fim do assedio moral;
aumento do valor do vale alimentação e do vale transporte; entre outras.
A greve foi anunciada após assembleia geral realizada em São
Paulo, na última sexta-feira (13). De acordo com a organização, cerca de 10 mil
professores participaram do encontro.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado
informou que, "apesar de considerar legítimo o direito à manifestação, tem
compromisso com a qualidade do ensino. Por isso, orienta que todos os
estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas na segunda-feira
[16]. A Pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a
Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede, que devem
comparecer às aulas, de maneira costumeira".
A Secretaria ainda ressaltou que já orientou suas Diretorias
de Ensino a realizar o atendimento dos estudantes e garantir as aulas.
"Foi em conjunto com os servidores que a Secretaria materializou um plano
de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o
piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional. Os profissionais
da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio
da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus
alunos. Se a educação avança, educadores ganham bonificação", explicou a
pasta.
"Não houve quaisquer demissões, como afirma
equivocadamente o sindicato. Ao contrário. O maior concurso do magistério
paulista na história, que abriu 59 mil vagas, já convocou 38 mil professores no
último ano. A exigência do intervalo contratual para temporários é prevista em
lei e, graças à atuação da Pasta, este período foi reduzido de 200 para 40
dias, finalizou a Secretaria.
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