O desligamento da TV analógica no Brasil, que antes estava previsto para 2016, será adiado em dois anos. O Ministério das Comunicações precisará alterar o texto do decreto que regulamenta a implantação da TV digital no país, e o processo de transição da tecnologia deverá durar três anos. O motivo da mudança é bem simples: boa parte das famílias ainda não têm conversores ou TVs digitais em casa.
A notícia chega menos de uma semana após o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantir que o fim da TV analógica aconteceria no dia 30 de junho de 2016. A declaração foi feita no programa Bom Dia Ministro, transmitido pela estatal NBR.
Quando a TV digital começou a ser implantada no Brasil, em dezembro de 2007, a ideia era desligar os canais analógicos, em todo o país, no mesmo ano. Agora, a história é diferente: o início do desligamento ficará para 2015, e o fim dos canais analógicos acontecerá gradualmente, estado por estado, até 2018.
Ainda não sabemos quando cada cidade terá o sinal analógico cortado, mas o Ministério das Comunicações pretende divulgar um cronograma no próximo mês. O desligamento acontecerá antes nas grandes cidades e haverá um teste-piloto ainda este ano para “verificar eventuais falhas”.
O ministro declarou que “não podemos desligar o analógico com as pessoas recebendo televisão antiga, não vai dar certo”. Vale lembrar que o governo apresentou recentemente um programa apelidado de Bolsa Novela, que vai conceder benefícios fiscais e facilitar o crédito para a compra de TVs e conversores digitais – só que o projeto ainda está em estudo.
Com a decisão, o 4G de 700 MHz pode acabar chegando tarde para algumas cidades, já que essa faixa é usada pelas TVs analógicas que ocupam os canais 52 a 59. Entretanto, o Ministério das Comunicações afirma que a faixa já está desocupada em mais de 4,7 mil municípios brasileiros – há problemas em 885 cidades, onde os canais deverão ser remanejados.
Saiba como funciona a TV digital e as diferenças do aparelho analógico
A TV digital é gratuita?
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).
Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 200 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 1,1 mil, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.
Serei obrigado a migrar para a TV digital?
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.
Vou poder gravar a programação?
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.
A TV digital também vai transmitir programas antigos?
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.
Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade. No entanto, a NET anunciou um decodificador que levará a seus assinantes essa transmissão em alta definição dos canais abertos.
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).
Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 200 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 1,1 mil, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.
Serei obrigado a migrar para a TV digital?
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.
Vou poder gravar a programação?
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.
A TV digital também vai transmitir programas antigos?
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.
Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade. No entanto, a NET anunciou um decodificador que levará a seus assinantes essa transmissão em alta definição dos canais abertos.
Essa nova forma de transmissão está disponível para aqueles que têm parabólica? Não. A TV digital é uma forma de transmissão da TV chamada aberta. A transmissão por satélite (antena parabólica) já é digital, mas trata-se de um sistema diferente. Por isso, os telespectadores que usam antenas parabólicas não terão acesso à nova forma de transmissão de alta definição que estréia neste domingo (exceto se o serviço contratado esteja preparado para receber alta definição e repasse isso para o telespectador).
Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.
O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.
O que é portabilidade? Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.
Como será a interatividade? As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.
O que é multiprogramação?
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.
Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).
A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.
Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.
Como faço para acessar a TV digital?
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).
Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.
A TV digital muda o formato dos programas?
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.
Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.
Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.
O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.
O que é portabilidade? Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.
Como será a interatividade? As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.
O que é multiprogramação?
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.
Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).
A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.
Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.
Como faço para acessar a TV digital?
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).
Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.
A TV digital muda o formato dos programas?
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.
Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.
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