Após entregar o cargo de técnico da Seleção Brasileira, Luiz
Felipe Scolari não continuará no posto. De acordo com a Rede Globo, o treinador
do Brasil na Copa do Mundo de 2014 teve sua saída confirmada pelo comando da
CBF na noite deste domingo. A decisão se estende para o restante da comissão
técnica, que contou com Carlos Alberto Parreira e Murtosa.
Felipão havia dito que entregaria relatórios à entidade que
comanda o futebol no País durante a entrevista coletiva que concedeu após a
derrota por 3 a 0 para a Holanda, no último sábado, depois da disputa do
terceiro lugar do Mundial. O técnico não pediu demissão e afirmou que sua
continuidade no cargo dependeria da vontade dos dirigentes responsáveis pela
confederação.
O treinador assumiu o posto que havia deixado após o
pentacampeonato de 2002 no final de novembro de 2012 e desde então comandou a
Seleção Brasileira em 29 partidas. Destas, o técnico sofreu apenas quatro derrotas,
sendo as duas últimas as mais marcantes. O 7 a 1 sofrido para a Alemanha na
semifinal da Copa do Mundo se tornou o maior revés da história do Brasil,
enquanto o fracasso diante da Holanda só serviu para consolidar o final
desastroso da equipe no Mundial.
Ao todo, Felipão esteve no comando da Seleção Brasileira em
19 vitórias, seis empates e quatro derrotas na sua segunda passagem pelo
comando técnico do selecionado nacional. Neste breve período de pouco mais de
um ano e meio, o treinador conquistou a Copa das Confederações de maneira
invicta e gerou grande expectativa para o desempenho do Brasil durante a Copa
do Mundo de 2014.
No Mundial, seus comandados não empolgaram em nenhum
momento, apesar de terem alcançado as semifinais da competição sem derrotas.
Mostrando um futebol pobre, dependente da ligação direta dos zagueiros para os
pontas e o centroavante, o Brasil sofreu já na fase de grupos contra o México e
ficou a centímetros de uma eliminação nas oitavas de final contra o Chile,
quando Pinilla mandou no travessão um chute no último minuto da prorrogação, em
confronto vencido nos pênaltis.
A apresentação sólida contra a Colômbia nas quartas de final
criou esperanças, mas também acabou com os desfalques do craque Neymar e do
capitão Thiago Silva para a semifinal contra a poderosa Alemanha. O confronto
com o rival que viria a ser tetracampeão do mundo foi um massacre do início ao
fim, mas Felipão e sua comissão técnica insistiram que o pior resultado da
história da Seleção Brasileira foi decorrente de "seis minutos de
apagão".
A longa, mas desastrosa campanha no Mundial foi concluída no
último sábado com três vitórias, dois empates e duas derrotas, justamente nos
dois jogos derradeiros do torneio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário